O Leitor - 2008
- Diretor Stephen Daldry
- Código: P13DRA-77
- Disponibilidade: In Stock
Etiquetas: O Leitor, Ralph Fiennes, Jeanette Hain, David Kross, Kate Winslet, Susanne Lothar
A sociedade acredita que é guiada pela moralidade mas isto não é verdade. O premiado diretor de As Horas, Stephen Daldry, mostra novamente toda sua força nesta história de medos e segredos escondidos pelo tempo. Hanna (Kate Winslet) foi uma mulher solitária durante grande parte da vida. Quando se envolve amorosamente com o adolescente Michael (Ralph Finnes)não imagina que um caso de verão irá marcar suas vidas para sempre. Livro com sucesso mundial de vendas, O Leitor é a uma história que nos levará a questionar todas as nossas mais profundas verdades.
Ficha Técnica | |
Título no Brasil | O Leitor |
Título Original | The Reader |
Ano de Lançamento | 2008 |
Idioma | Inglês, Português |
Legenda | Português |
Cores | Colorido |
Qualidade | Com Menu (DVD-R) |
Gênero | Drama |
Duração | 124 Min. Aprox. |
Direção | Stephen Daldry |
Países de origem | Estados Unidos, Alemanha |
Elenco | Ralph Fiennes, Jeanette Hain, David Kross, Kate Winslet, Susanne Lothar, Alissa Wilms, Florian Bartholomäi, Friederike Becht, Matthias Habich, Frieder Venus, Marie-Anne Fliegel, Hendrik Arnst, Rainer Sellien, Torsten Michaelis, Moritz Grove, Joachim Tomaschewsky, Barbara Philipp, Hans Hohlbein, Jürgen Tarrach, Kirsten Block, Vijessna Ferkic, Vanessa Berthold, Benjamin Trinks, Fritz Roth, Hannah Herzsprung, Jacqueline Macaulay, Volker Bruch, Bruno Ganz, Karoline Herfurth, Max Mauff |
Outros detalhes | |
Extras | Sim |
Curiosidades | |
Você Sabia? | A produção estrelada por Ralph Fiennes e Kate Winslet — que levou o Oscar de Melhor Atriz pelo trabalho — foi aclamada pela crítica e tem o Holocausto como pano de fundo para trazer questões ainda maiores sobre o comportamento do ser humano. O julgamento da personagem de Winslet dá detalhes de como cidadãos comuns da Alemanha acabaram envolvidos em terríveis crimes de guerra. |
Crítica | |
Nota | Em 2000, Stephen Daldry estreou em longa-metragem com Billy Elliot, um filme afetado e cheio de clichês protagonizado por Jamie Bell (de Jumper e Querida Wendy), estreante no cinema. Dois anos depois, atingiu o nível mais baixo na escala melodramática com As Horas, subliteratura disfarçada de filme sensível, em que a única coisa que não procurava a chantagem emocional com o espectador era a atuação de Meryl Streep, atriz sempre apta a driblar trabalhos que existem como se o cinema fosse incapaz de fugir do domínio da palavra, em que os diálogos conduzem a uma espécie de camisa de força narrativa que impede o respiro além do choro. Mas um crítico é, antes de tudo, um amador. Ele ama o cinema e torce para que os diretores que abomina se tornem grandes, ou ao menos melhores. Espera sempre que um filme do qual não espera nada o surpreenda, o leve para caminhos impensados e está sempre disposto a queimar a língua a respeito de obras e autores, revendo e repensando as linhas de força envolvidas nessa arte tão apaixonante. A primeira meia hora de O Leitor, terceiro longa de Daldry, até que surpreende. Vemos o início de um relacionamento carnal entre um menino de quinze anos e uma mulher de quase quarenta, Hanna (Kate Winslet, de Foi Apenas um Sonho). Trata-se de um flashback do advogado interpretado por Ralph Fiennes (Na Mira do Chefe), lembrando de sua paixão avassaladora de adolescente. Acompanhamos um erotismo calculado, é fato, com a nudez sendo mostrada rapidamente e com a ajuda de filtros. Ainda assim, estamos distante das amarras que aprisionavam As Horas dentro da cartilha do bem fazer. Não que em O Leitor deixemos de perceber que há uma cartilha regendo tudo, o que incomoda. Mas ao menos é possível, nessa primeira meia hora, enxergar um quê de ousadia, uma vontade de deixar o espectador perceber as coisas aos poucos, e intuir muito do que poderá acontecer. Depois, descobrimos junto do advogado, enquanto cursava a faculdade de direito, que sua ex-amante estava em julgamento por ter trabalhado na SS nazista. Em determinado momento, talvez o mais forte do filme, o promotor pergunta se ela realmente tinha escolhido dez jovens para levá-las à morte, ao que ela responde: "o que o senhor teria feito?", obtendo um olhar perplexo que indica a ausência de uma resposta possível àquele desafio. Neste pequeno trecho, percebemos algumas possibilidades interessantes, nos ajeitamos na poltrona porque o questionamento viria para balançar estruturas, se tivéssemos um piloto mais responsável e articulado conduzindo o filme. Quando já estamos instalados no lugar comum por excelência, no protótipo de filmes para ganhar prêmios de votantes que parecem desconhecer a história do cinema, nos é apresentada uma discussão extremamente interessante: até que ponto os alemães foram coniventes com os absurdos do nazismo, e até que ponto não são todos culpados, a despeito de, por um motivo ou outro (no filme, é o lançamento de um livro de uma das sobreviventes do campo de concentração em que Hanna trabalhava), irem a julgamento? Infelizmente, Daldry continua se mostrando incapaz de perseguir esse caminho mais aberto e incerto, afiliando-se, rapidamente, à cartilha do bem fazer da qual parecia querer fugir. O filme abandona as questões rapidamente e adquire aspectos mais facilmente reconhecidos, como uma parede que precisasse de mais uma demão para reforçar sua cor. A obra de Daldry se presta a esse tipo de metáfora: é uma grande parede que vai recebendo demãos da mesma tinta, sem que algo possa se modificar no processo. |